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Queria escrever. Queria muito escrever. Escrever sobre ti, escrever sobre nós. Ao meu lado tenho uma folha, não tem mais que rascunhos - pensamentos que agarro antes de os perder. Quero escrever sobre ti, já te disse? As pessoas dizem que quando falo de ti os meus olhos brilham e o sorriso que no meu rosto se rasga parece incontrolável. São poucas as pessoas que me percebem quando falo de ti, é algo imperceptível para quem desconhece o que sinto, para quem está aquém de poder falar de sentimentos. São também poucas as pessoas que me ouvem falar de ti, és demasiado precioso para ser proferido aos ouvidos de qualquer um. Eu adoro falar de ti, é isso. E queria-te muito falar hoje... Ora, tu sabes que não é só hoje, mas pronto hoje apetece-me de uma forma especial. Já me perdi, é sempre assim quando quero escrever sobre ti, as palavras perdem-se do fio condutore eu permaneço aqui a proferir palavras soltas, palavras que voam, dançam e se evadem sem dar conta. E depois fico eu, sozinha ansiosa por te dizer mais e mais porque estou a rebentar de coisas que te quero dizer. E rebento, os estilhaços espalham-se por toda a sala e vou atrás a apanhá-los um a um, junto-os e colo-os, já tenho cola própria para corações partidos, reponho tudo no seu lugar e volto a falar de ti, para ti. Adoro isso, já te disse? É que por ti vale sempre a pena. Uma, outra... Duas, três: milhões de vezes. E fecho os olhos, não quero dormir, quero apenas ficar assim, imóvel, esperando que os meus sonhos encontrem os teus pensamentos...um dia! Fico de olhos cerrados. Assim traço caminhos, percorro-os sem ar, sem luz, mas não sem ti.