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Preciso de ti*

por Carina, em 24.01.12

João, fazes-me tanta falta, tenho tantas saudades! Voltei a sonhar contigo, voltei a ter-te tão perto, mas infelizmente só te posso ter quando sonho ou quando fecho os olhos - dava tudo por um abraço teu neste momento. Este aperto no coração, este vazio que deixaste, dói de mais. Foi tão estranho este sonho, mas foi tão bom. Já te tinha perdido e naquele dia uma multidão reuniu-se para te recordar, para falar de ti e enquanto chorava desalmadamente de saudades vejo-te e vou a correr para os teus braços, apertei-te com tanta força, não te queria largar mais, mas deste-me a mão e levaste-me a passear. Pela areia caminhámos os dois de mão dada, enquanto tu falavas eu não conseguia dizer nada, os papéis tinham-se invertido, tinhas conseguido calar-me, tiraste-me as palavras, mas encheste-me de tal forma o coração que só queria aproveitar aquele momento, olhar para ti, tocar-te. E continuámos a andar, sem nos largarmos, tu continuavas a dizer como estavas feliz, como te sentias bem nesse sítio onde estavas e que não me querias triste, porque tu estavas bem! Oh meu João, não me largues mais quando me voltares a agarrar, fica comigo, não deixes a minha mão – desculpa este desabafo, mas a marca que deixaste em mim é tão grande e profunda que não aguento esta distância. Quando voltámos deixaste-me no mesmo lugar, abraçaste-me, disseste que me adoravas e desapareceste deixando no lugar para onde fomos a seguinte frase escrita na areia “caminhamos juntos” – acredita que sim, estás sempre comigo, onde quer que eu vá, no meu coração e no meu pensamento!

E acalmei de tudo o que tinha acontecido e percebi que ninguém naquela sala se tinha apercebido, só eu te vi, só eu te pude abraçar, só eu. Enquanto voltava a mim daquelas emoções eles falavam, a tua mãe vangloriava-te, com tanto orgulho, os olhos dela brilhavam enquanto falava de ti e mimava-me, não me perguntes porquê a mim, não sei, mas sentia-me especial, ela preocupava-se muito comigo, durante o seu discurso parava tantas vezes e dizia “ele é assim, não é Carina?” ou “Carina, queres falar sobre ele?” – interrompia o raciocínio só para falar comigo, quando a sala estava cheia de pessoas que te conheciam, de amigos, de familiares. O teu pai também falava de ti, de coração cheio, as palavras saiam-lhe tão fluidamente, era tudo tão natural – os teus pais amam-te tanto e fazes tanta falta na vida deles.

Lembro-me também que quando me levaste a passear me deste uma recordação, um colar que usei todos os dias que se seguiram a esse encontro – era lindo, consigo descreve-lo ao pormenor, ainda o vejo, mesmo não o tendo. Foi o presente mais bonito que alguma vez recebi. Quando voltei à sala exibia-o com tanto orgulho sem que alguém soubesse de onde vinha ou quem mo tinha dado. E acordei, perdi-te mais uma vez, tentei voltar a fechar os olhos para que voltasses para mim, mas foi sem sucesso. Este sonho foi o único, de tantos que já tive contigo, que me deixou realmente “abalada”, mexeu realmente com os sentimentos mais profundos, com as saudades, com a ferida que não sara.

Fazes-me falta, preciso de ti*

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publicado às 16:40


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