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Aceita que sou eu*

por Carina, em 15.01.12

"Há sempre alguém nesta vida que está disponível para nos ajudar nos momentos mais difíceis ou naqueles em que apenas queremos, rir, saltar, partilhar os últimos acontecimentos, muitas vezes nem conhecemos essa pessoa, aparece por acaso na nossa vida; apenas sabemos que é bom ouvinte ou que celebra connosco a nossas felicidades e que sofre e nos ergue quando sofremos, então aquele que servia apenas para aqueles momentos em que nos era útil passa a ser mais que isso, passa a ser um confidente, um companheiro, um amigo!

É assim que se criam as grandes amizades, nascem do nada, dum sorriso em conjunto, da partilha de um segredo, e a partir daí tudo é vivido a dois, as dores, as vitórias, as alegrias, as aventuras, não há segredos, há cumplicidade, memórias e recordações de momentos vividos em conjunto. Desde que se cria este laço forte…a Amizade, tudo o que venha a mais é por acréscimo. É tão bom alimentar este sentimento, dar um mimo, um abraço, dizer “gosto de ti”, dar um beijo ou simplesmente desejar boa noite, sabe tão bem e custa tão pouco – é bom de dar e receber e tantas vezes porque simplesmente não nos lembramos ou mesmo por falta de vontade não o fazemos e não nos lembramos que estamos a deixar na vida dos outros um vazio, vazio esse que não queremos sentir na nossa vida, mas chega o momento, o momento em que também nós sentimos falta dessas pequenas atitudes, desses gestos que são tão pouco mas que nos enchem o coração e aí, só aí paramos mesmo e vemos o que estamos a deixar para trás mesmo sem querer. Há que alimentar esta amizade como tudo na vida, se não for regada acaba por morrer e não é isso que se quer quando é sincero o que sentimos.

Tantas vezes por circunstâncias da vida que tomamos atitudes que depois nos arrependemos a posteriori, mas naquele momento parecia-nos o mais certo, abandonar de uma qualquer forma a vida que tinhas e dedicarmo-nos a uma coisa em especial ou a alguém, sabem, não damos atenção àquele que esteve sempre presente quando estávamos doentes, ou àquela pessoa que nos conhece de olhos fechados e sabe quando nos dói o coração mesmo que nada seja dito, esquecemos o abraço daqueles que a meio da noite nos consolavam, o beijo caloroso quando nos abraçavam, esquecemos o tanto que já lutaram e fizeram por nós, sim lutaram, porque estiveram juntos a nós nas nossas batalhas, lutavam connosco e celebravam ou caiam connosco. Somos injustos, egoístas mesmo (pensamos só em nós quando os outros pensam em nós também), perdemos, perdemos tempo, valor, perdemos o toque “especial” porque nos tornamos em pessoas diferentes, mesmo sem mudar, mas é isso que somos para aquele que sempre nos acompanhou, as nossas atitudes tornam-se inexplicáveis, aquilo que dizemos não combina com o que somos… e perdemos tanto! Perdemo-nos a nós mesmo da nossa linha orientadora, perdemos o rumo, perdemos aquela pessoa especial porque nos esquecemos que sem ela não somos nada e aquilo que fizemos na sua ausência foi simplesmente sobreviver, achando que estávamos a fazer o melhor para nós.(...)

As palavras escasseiam nestes momentos, um abraço era tudo o que precisava para te mostrar como me fazes falta, como tenho saudades, como me fizeste feliz e como tenho saudades que queiras fazer novamente.

Obrigada por tudo, pelos risos, pelas lágrimas, pelas vitórias e conquistas a dois, obrigada pela paciência, pela companhia e amizade, obrigada por teres sido tu, por me mostrares quem és, sem armaduras de ferro, obrigada por seres quem és, por teres entrado na minha vida e por me teres deixado entrar na tua!"

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publicado às 18:02


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